As vezes dá uma vontade imensa de voltar ao passado... mas não porque ele foi bom, ou porque era melhor quando a gente vivia em uma outra época. Não é isso!. As vezes a gente só sente é saudade do olhar, que agora não te vê mais. Sente falta do abraço que não te aperta agora.
Imagem de Andres Felipe Aristizabal por Pixabay
As vezes a gente quer muito voltar ao passado para tomar aquele último café na varanda, balançando na rede e falando coisas triviais... como, sobre: com que roupa vai passar a noite de Natal, mesmo quando a gente sabe que o mais importante é saber com quem a gente vai estar em uma data especial.
São essas coisas que as vezes, só as vezes, bate um nostalgia, uma vontade de ser uma criança, apenas por um dia, para poder reviver esses momentos tão insignificantes, mas com uma significância monumental para a nossa sede de arrependimentos enraizados.
E as palavras? Nossa!
Aquelas frases que eram para balbuciar como afagos que andam na corrente sanguínea, que como cartas, não chegaram ao destinatário, como que por maldade --da mente -- não se fez ponte entre o coração e o córtex.
Essas manchas ficaram. Não se uniram a tinta colorida, não viu nascer um sorriso de: "Eu também te amo", ou gritado, "eu te quero por perto".
Palavras são tão simples, lábios são tão macios... Rosto estão sempre a postos, abertos os braços ao abraço.
Se for de se arrepender, que seja de não querer se arrepender depois... depois da falta que se faz sem ter o que falar mais e nem pra onde.
Fale, balbucie essas palavras que não ferem, apenas acorda e esquenta corações...
Se for pra chorar, que seja, de saudade, de alegria, ou de uma tristeza nascida e criada em um começo de fim.
Só não dê fim ao que nos faz seres humanos: sentimentos que envelhecem, se renovam e nunca morrem.
Viva como se hoje fosse.... hoje mesmo,
e o amanhã...
um sonho que você só vai sonhar
quando acordar.
Por Bárbaro Xavier
Bình luận