Uma cadeirada, um soco, uma armadilha, um suposto, uma mentira - que se diga crime!
A política à la cara emburrada do Datena, é de se ver em todos os debates. A cara do tédio, estampa a vitrine de candidatos na TV .
Um apresentador estreou o ringue na arena televisiva. O debate entre candidatos foi construído ao longo do anos na TV, hoje também na internet, como meio democrático de exposição de ideias, diálogos, além de ser usado, sabemos, para massacrar, acusar e até caluniar opositores. Mas até aí, existia algumas ponderações, arcabouços que regiam o jogo da democracia.
Mas foi só um apresentador entrar, para jogar para o ralo o resto de civilidade que um programa de debates tinha como marca histórica: a falação e acusações além do horário político na TV.
Datena entrou grande por uma porta, e saiu raquítico por outra, que comprove as urnas do dia 6 de outubro. Deu ao adversário um holofote, um palco e roteiro de novela para seguir. Da cena lastimável, saiu um dramalhão à moda tiktoker, com direito a ambulância e até um gesso cenográfico no braço para compor o figurino.
TV Cultura
No mais, o que só faltou foi o sensacionalismo... na TV Cultura. Isso só deixa a coisa ainda mais dramática. Em plena TV, a Cultura foi criar um jeito novo de ir para o abismo da decadência. Homens se agridem com palavras e chegam às vias de fato.
Ao vivo, pessoas agem para destruir o que ainda se tinha de pé, a mínima civilidade e cordialidade. Esses parças, queriam governar a maior cidade do país! Esse é o tamanho da grotesca situação dos nossos aspirantes a governantes.
Datena sai da televisão e vira história assombrosa na política. Com votação pífia, cria agora um marco: a intolerância e a cara de tédio, no pacote, sem deixar sua antiga marca da TV: “o rei na barriga”, dono de toda a verdade.
O outro, o M, de Marçal, cria agora o fake da costela quebrada, o fake laudo contra o candidato Boulos. Não bastasse, cria a era de ex coach e tiktoker e seus “cortes” no horário nobre. É de doer e passar mal e sair rindo do que antes era somente falas de ilusão e de praxe, a se repetir como script, em quatro e quatro anos.
Se pintou novidade, surgiu novos rumos... A cidade se encheu de santinhos novamente, na segunda-feira pós eleição. O chão ficou sujo, a TV ficou nebulosa, o ar ficou eivado.
O debate na TV agora tem um marco, um lamaçal que dá pena!
Francisco Julio BÁRBARO XAVIER
É ator, jornalista e apresentador potiguar. É formado em Jornalismo pela Laureate Universities e tem pós-graduação em Comunicação Digital. Em TV, fez participação nas séries do Globoplay, e As Five , Betinho no Fio da Navalha.
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